Que os palmeirenses não se iludam: a saída do técnico Antônio Carlos Zago, confirmada na manhã desta terça-feira, está longe de ser a solução do time. O trabalho dele foi ruim, é verdade, mas os problemas do clube vão muito além da falta de tática, da ausência de estratégia ou de escalações erradas.
O primeiro defeito grave do Palmeiras é o elenco. E nem falo só da falta de qualidade dos jogadores. O buraco é mais fundo: existem jogadores traumatizados, pressionados, assustados e até sem motivação.
Ou seja, enquanto alguns simplesmente não aguentam a pressão por títulos no time de Palestra Itália, outros temem a reação da torcida organizada e ainda têm aqueles que não mostram qualquer vontade continuar jogando ali.
Só isso já bastaria para trazer bastante preocupação. Mas ainda existe a já conhecida turbulência na diretoria palmeirense. A gestão de Belluzzo fracassou e, com pouco apoio no Palestra Itália, ele não consegue mais resolver qualquer problema ali.
Sendo assim, fica claro que uma profunda reforma é necessária no Palmeiras. Só mudar o técnico não adianta. E é preciso perceber: é quase impossível que todas essas mudanças ocorram ainda em 2010. O presidente só sairá no final de 2010. Os jogadores têm contrato e só uma meia dúzia deve sair, no máximo. E não é fácil recuperar o lado psicológio daqueles que vão ficar.
Ou seja, insisto: não é porque Zago foi demitido que os palmeirenses terão um ano mais fácil. Com Felipão, como tem sido especulado, os problemas pode diminuir consideravelmente, mas não acabam. Imagina se vier outro técnico qualquer! O importante mesmo é não perder de vista que o nome do treinador está longe de ser o principal obstáculo do Palmeiras.
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