A primeira constatação é a mais óbvia: com a chegada de Gilberto Silva, o Grêmio ganha parte da experiência que Renato Gaúcho tanto pediu recentemente. A juventude exagerada do elenco gremista ficou escancarada na derrota para o Corinthians, no último domingo. O time sentiu o gol de empate, piorou no jogo e logo sofreu a virada. Enfim, realmente o Grêmio precisa de jogadores mais experientes.
Mas isso não faz de Gilberto Silva uma solução definitiva para o time. Muito pelo contrário. O volante, que só deve estrear em julho ou agosto, pode sim trazer ainda mais problemas para Renato Gaúcho. Quem acompanhou as últimas temporadas dele sabe disso: Gilberto Silva hoje é um volante discreto, lento e simplista demais. Faz o básico, mas não é do básico que o Grêmio precisa.
Quando puder jogar, Gilberto Silva deve fazer com que Fábio Rochemback avance mais e jogue em linha com Adilson ou Lúcio, contando com a armação de Douglas mais à frente. Seria um meio-campo razoavelmente técnico e de forte marcação, mas lento demais e com poucos diferenciais na saída de bola.
Portanto, prefiro não entrar na empolgação de que um campeão do mundo está chegando ao Grêmio. Na verdade trata-se de uma contratação arriscada para uma posição que o time não precisava. Como vai ser? Aposto que, na melhor das hipóteses para o gremista, fará pouca diferença.
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