A CBF divulgou, nesta quinta-feira, a sua sempre bizarra lista dos melhores do Campeonato Brasileiro. Ela manteve alguns estranhos critérios, como a divisão de zagueiros e volantes pelos lados em que atuam.
Só isso já costuma gerar problemas na lista da CBF, mas ela não é descartável. Se por um lado alguns nomes importantes foram esquecidos, como Danilo, do Corinthians, existem também boas lembranças, como os jogadores do surpreendente Figueirense.
Além disso, não adianta só cornetar. É preciso também dar a cara para bater e eleger os meus melhores do Brasileirão 2011. É isso que tento fazer e justificar a seguir…
GOLEIRO
Fernando Prass (Vasco)
Prass não chega a ser um goleiro espetacular, mas os melhores do Brasil falharam demais no campeonato. Além disso, sua importância como líder na ótima campanha do Vasco merece destaque.

Fernando Prass pode levantar mais duas taças em 2011
Outros destaques: é uma posição em que poucos jogadores foram regulares, então Marcelo Lomba (Bahia) e Júlio César (Corinthians) conseguiram ficar entre os melhores.
LATERAL-DIREITO
Fágner (Vasco)
Sempre gostei do futebol dele, desde que surgiu no Corinthians. É técnico, rápido e sabe ir até a linha de fundo. Evoluiu muito na temporada e fez uma boa parceria com Éder Luis e Diego Souza nas jogadas de ataque do Vasco.
Outros destaques: é uma posição complicada no mundo, com poucos talentos, mas Bruno (Figueirense), Mário Fernandes (Grêmio), Nei (Inter) e Cicinho (Palmeiras) tiveram bons momentos. Além de Mariano, que melhorou no 2º turno.
ZAGUEIROS
Dedé (Vasco) e Antônio Carlos (Botafogo)
O vascaíno é indiscutível, mas achar seu companheiro nessa zaga não é fácil. A falta de bons zagueiros no Brasil preocupa, mas a evolução de Antônio Carlos merece ser premiada.
Outros destaques: Émerson (Coritiba), Leandro Castán (Corinthians) e Manoel (Atlético-PR) superaram suas limitações e surpreenderam. Já Rhodolfo (São Paulo) e Réver (Atlético-MG), zagueiros de qualidade, até foram bem, mas poderiam ter ido melhor.
LATERAL-ESQUERDO
Cortês (Botafogo)
Apesar de realmente ter caído de produção durante a reta final, o botafoguense impressionou por um longo tempo e não foi superado depois, até porque faltaram nomes de qualidade na posição.
Outros destaques: Juninho foi uma grata revelação do Figueirense, mas fora ele é difícil apontar outros nomes de qualidade. Talvez Fábio Santos (Corinthians), talvez Thiago Feltri (Atlético-GO), talvez Dodô (Bahia). Talvez, talvez, talvez…
VOLANTES
Ralf e Paulinho (Corinthians)
A dupla tinha tudo para ser um ponto fraco do Corinthians, mas surpreendeu e se tornou fundamental para o time de Tite. Fica o destaque principalmente para Paulinho, que se acostumou a fazer gols e deu uma valiosa dinâmica para o meio-campo do Corinthians.

Essa dupla surpreendeu!
Outros destaques: poucos volantes de marcação chamaram atenção. Wellington (São Paulo), Edinho (Fluminense) e Pierre (Atlético-MG) foram os menos piores. Já entre os que saem mais para o jogo, existem nomes melhores: Rômulo (Vasco), Filipe Soutto (Atlético-MG), Marcos Assunção (Palmeiras) e Renato (Botafogo), por exemplo.
MEIAS
Danilo (Corinthians) e Diego Souza (Vasco)
É outra posição em que ninguém foi suficientemente regular para se destacar de verdade. Mas a injustiça da CBF foi absurda, já que o meia do Corinthians foi fundamental nos grandes jogos, com sua experiência e poder decisivo. Já Diego Souza soube se encaixar no Vasco e, apesar de nem sempre brilhar, foi fundamental para o time.
Outros destaques: É possível citar ainda Oscar (Inter), Thiago Neves (Flamengo), Montillo (Cruzeiro), Elkeson (Botafogo) e Juninho Pernambucano (Vasco). Todos eles estiveram em um nível bem parecido com os dois meias citados acima.
ATACANTE
Neymar (Santos)
É a grande unanimidade. Mesmo que o Santos não tenha feito uma campanha para valer no Brasileirão, ele conseguiu fazer jogos em que foi simplesmente genial. Tornou-se a principal atração do campeonato.
Outros destaques: Wellington Nem brilhou demais na reta final do Figueirense. William sempre foi importante para o Corinthians. Mais irregulares, mas em alguns momentos até mais brilhantes, apareceram também Dagoberto (São Paulo), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo) e Osvaldo (Ceará).
CENTROAVANTE
Borges (Santos)
A oportunidade era muito boa para ele, afinal jogar em um time de qualidade, como o Santos, é prazeroso para qualquer centroavante. Mas ele soube aproveitar a chance como poucos e ainda contou com a irregularidade de seus concorrentes para se firmar como o melhor da posição, além de provavelmente levar a artilharia do Brasileirão.
Outros destaques: Fred (Fluminense) e Leandro Damião (Inter) tinham tudo para superar Borges, mas problemas físicos atrapalharam. Além deles, Liédson (Corinthians), Julio César (Figueirense) e Loco Abreu (Botafogo) também merecem a citação.

Essa dupla tinha tudo para dar certo. E deu. Te cuida, Puyol!
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