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Archive for the ‘Como vai ser?’ Category

A contratação de Vagner Love vai iludir muitos flamenguistas. Empolgados por finalmente terem um centroavante de qualidade, eles acreditarão que dessa vez o Fla conquistará tudo que ficou devendo em 2011. Mas na prática a tendência é que nada mude.

Em primeiro lugar, é preciso entender que Love não pode ser considerado um substituto para Thiago Neves. O agora meia do Fluminense, apesar da conduta lamentável na carreira, vai fazer falta no Fla. Sem ele, o meio-campo deve ser formado por Renato Abreu e Botinelli. Não é difícil prever que a criação do time ficará lenta e ainda mais dependente de Ronaldinho Gaúcho.

Sem um setor de meio-campo eficiente, a bola deve chegar pouco para Love. Ele é um grande jogador, pode se virar sozinho, mas o ideal é que Luxemburgo crie soluções para que isso não seja a única alternativa. O problema é: quem ainda confia que Luxa é capaz de criar soluções? Seus trabalhos recentes só mostram o contrário. Problemas e mais problemas.

Mas esses problemas da contratação de Vagner Love vão muito além do que acontecerá dentro do campo. Fora dele também há preocupações. Afinal, como um time que deve salários vai pagar os especulados 8 mihões de euros (R$ 18 milhões) para o CSKA? Esses valores já vão criar um problema dentro do clube, que sofre internamente por causa da queda de braço entre Luxemburgo e Michel Levy.

Tudo isso só torna mais explícita a falta de planejamento do Flamengo. Um time que vai jogar a Copa Libertadores já deveria estar pronto, mas fez poucas contratações e a principal delas ainda chegou com grande atraso.

Vagner Love tem qualidade, é claro, e deve fazer algum sucesso em seu retorno ao Fla. Mas o que poderia ser bom pode facilmente virar problema na Gávea. Assim como aconteceu com Ronaldinho no ano passado. Ou seja, o Flamengo de 2012 continuará o mesmo de 2011.

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Depois de uma longa negociação, Kleber finalmente foi apresentado no Grêmio. É o primeiro reforço do time gaúcho e há vários motivos para acreditar que ele dará certo no Olímpico. Além do Grêmio precisar mesmo de um atacante, seu estilo raçudo combina com o que a torcida espera de qualquer jogador.

Porém, é preciso fazer uma ressalva: o Grêmio precisa de mais do que um Kleber para se tornar um time forte no ano que vem. Vale lembrar: com um elenco apenas razoável, o time chegou a correr risco de rebaixamento no começo do Brasileirão 2011. Celso Roth conseguiu um padrão de jogo que acabou com esse perigo, mas não dá para contar só com isso para 2012.

O trio de meias, por exemplo, precisa melhorar para que o “Gladiador” tenha chances de fazer seus gols. Se nem Douglas é tão confiável assim, imagine então Marquinhos e Escudero. Há ainda a possibilidade de um dos três saírem do time titular para que André Lima forme dupla com Kleber. Seria uma mudança mais profunda no time. Arriscado!

E há ainda problemas óbvios com a defesa, que passou por diversas mudanças ao longo do ano e continua insegura. Saimon, Rafael Marques, Edcarlos, Vilson e até o improvisado Gilberto Silva não conseguiram se acertar por enquanto.

É preciso também lembrar que Kleber se tornou um jogador superestimado. Trata-se de um atacante muito bom, acima da média da maioria dos jogadores da posição no Brasil, mas que tem um currículo modesto, não é jovem e está caro demais.

Portanto, com tudo isso, fica evidente que não há tantos motivos para comemorar a contratação de Kleber. Apesar de tudo indicar que ele será um bom reforço, é preciso entender que ainda há muito chão para que o Grêmio faça um 2012 diferente de 2011. O primeiro passo é não se iludir.

Kleber no Grêmio

Pra que esse capacete?

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Fàbregas

Certos conceitos são difíceis de entender no futebol. Por anos e anos o Barcelona teve a contratação de Fàbregas como a sua grande obsessão. A insistência foi tamanha que ninguém aguentava mais as especulações sobre isso. E agora, que a contratação finalmente foi confirmada, criaram o conceito que Fàbregas será reserva no Barça.

Como assim? Inadmissível! Depois de tanta insistência, depois de tanta chatice criada por essa transferência, exijo que Fàbregas jogue muito, com muita frequência. Sempre, eu diria.

Claro que Guardiola me diria, no entanto, que não é assim que as coisas funcionam. Que é preciso calma, que não é fácil encaixá-lo no time, que ele precisa se adaptar ao estilo do Barça e vice-versa. Leonardo Bertozzi, Gustavo Hofman, Vitor Sérgio e André Baibich, por exemplo, também pensam assim. Eles entendem que Fàbregas, pelo menos por enquanto, será reserva.

Não aceito! Fàbregas já tem um estilo de jogo que se encaixa no Barça, com passes precisos, movimentação e marcação forte. E a solução para ele entrar no time é bem simples: sai o atacante Pedro, Iniesta vai para a ponta, como faz na seleção espanhola, e abre um espaço no meio-campo para Fàbregas formar uma dupla fantástica com Xavi.

Claro que na prática isso ainda precisa ser treinado e sempre haverá uma rotação entre esses jogadores, fazendo com que ninguém seja exatamente titular ou reserva. Mas com a formação citada acima, com Fàbregas como titular, o Barcelona tem tudo para melhorar ainda mais. Se é que isso é possível…

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A primeira constatação é a mais óbvia: com a chegada de Gilberto Silva, o Grêmio ganha parte da experiência que Renato Gaúcho tanto pediu recentemente. A juventude exagerada do elenco gremista ficou escancarada na derrota para o Corinthians, no último domingo. O time sentiu o gol de empate, piorou no jogo e logo sofreu a virada. Enfim, realmente o Grêmio precisa de jogadores mais experientes.

Mas isso não faz de Gilberto Silva uma solução definitiva para o time. Muito pelo contrário. O volante, que só deve estrear em julho ou agosto, pode sim trazer ainda mais problemas para Renato Gaúcho. Quem acompanhou as últimas temporadas dele sabe disso: Gilberto Silva hoje é um volante discreto, lento e simplista demais. Faz o básico, mas não é do básico que o Grêmio precisa.

Quando puder jogar, Gilberto Silva deve fazer com que Fábio Rochemback avance mais e jogue em linha com Adilson ou Lúcio, contando com a armação de Douglas mais à frente. Seria um meio-campo razoavelmente técnico e de forte marcação, mas lento demais e com poucos diferenciais na saída de bola.

Portanto, prefiro não entrar na empolgação de que um campeão do mundo está chegando ao Grêmio. Na verdade trata-se de uma contratação arriscada para uma posição que o time não precisava. Como vai ser? Aposto que, na melhor das hipóteses para o gremista, fará pouca diferença.

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O Santos acertou ao contratar o técnico Adilson Batista. Resta saber se Adilson vai acertar como técnico do Santos. Sim, pois seu fracasso recente no Corinthians gera desconfiança. E agora ele recebeu uma segunda chance. E é uma chance de ouro. Explico…

O Santos atual está muito longe de ser aquele do 1º semestre. Perdeu Robinho, André e Wesley. Perdeu confiança depois da lesão de Ganso. E perdeu até sua alegria, com tantas confusões dentro e fora de campo. Pode parecer uma cilada para Adilson. Mas não é.

Isso porque o Santos precisa de pouco para se reconstruir e virar um dos favoritos para Copa Libertadores de 2011. E o melhor: a diretoria tem se mostrado disposta a dar esse pouco para Adilson.

Trata-se de um técnico que gosta de futebol ofensivo, ousado, e deve fazer o Peixe retomar essa vocação. Com Lucas, Zé Roberto, Elano, Elkeson (contratações especuladas desde já no time) ou pelo menos alguns deles, será fácil atingir esse objetivo. E mesmo que não consiga o título da Libertadores, se a diretoria tiver paciência com Adilson, a conquista do Brasileirão 2011 também será possível.

Sendo mais objetivo: com mais um zagueiro, um volante e dois atacantes que cheguem para brigar pela titularidade, o Santos deve brilhar em 2011. Adilson sabe que errar uma vez, como fez no Corinthians, é humano. Mas errar duas vezes é ser algo que ele não é – burro. Vai dar certo!

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